Minha Mãe

Título: Minha Mãe
Autor: Paulo de Freitas Mendonça

Chinoca de minha estima,
Prenda de muito valor;
Deste todo teu amor
Em função da criatura
E no decorrer dos anos
Entre sofrimentos, alegrias
E muitos desenganos
Conservaste a alma pura.

Estes teus cabelos grisalhos
Entreverados aos outros
São fios de sofrimentos
Que fizeram querência.
É o resultado da luta
E a prova da esperiência.

Tua experiência, querida
Me dá força, garra e raça,
Pois sou gaúcho que passa
Pela vivência do passado,
Sei viver o presente
Estou pronto para o futuro
Graças a teu ensinamento
Que é tão otimista e puro.

Me destes algumas varadas
Por ser guri muito arteiro,
Mas hoje sou índio faceiro
Graças a tua estrutura
E agradeço a rigidez
Pois sou índio que se fez
Seguindo teus exemplos
E ouvindo a tua voz segura.

Teus filhos sempre sadios
Tua mão sempre protegeu,
Neste instante cá estou eu
Com homenagem que te daria
Quanquer um dos filhos teus
Pois o amor que sentimos
É aquela mesma paixão
Que agora refletimos
Aquele amor vindo
Do teu próprio coração.

Às vezes autoritária,
Às vezes pacífica demais,
Mãe, amiga conselheira,
Tu és a nossa paixão.
Fizestes minha mamadeira
Hoje cevas meu chimarrão,
És a melhor companheira,
Neste mundo bonachão.

Embora eu tenha partido
Cumprindo o meu destino.
Campereando em outra estãncia
Nesta vida de teatino,
Te trago sempre na lembrança
E quando me aprochego
Para matar a saudade
Fico faceiro que nem criança.

Mãe, nome formado por três letras,
Mas ultrapassa o alfabeto,
É mais que um nome completo,
É virtude em pessoa,
É uma mulher boa,
É o seio de minha geração
É a santidade em gente
Criatura sorridente
De personalidade forte
E de sensível coração.

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